quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Soneto de Fidelidade



Vinicius de Moraes


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

2 comentários:

mdany disse...

Olá Fernanda,tudo bem????
Não pude deixar de dar uma chegadinha até aqui qndo vi as atualização dos blog dos quais sou seguidora,me saltou aos olhos esse soneto...sou apaixonada por ele,sinto que ele saiu do mais profundo da alma e me encanto cada vez que leio ou ouço alguém declamar....Sou admiradora do vinícius e esse entre todos é o que mais amo!
Parabéns pelo bom gosto,seu glog é um máximo gosto muito daqui...beijão!

Anônimo disse...

E quem, num auge de uma paixão adolescente, nunca transcreveu tais versos?! rs
Gostei das seleções de trechos e autores! Adorei o que vc selecionou do Caio F.

Xerus
=***