sexta-feira, 19 de junho de 2009

Cheiro


Teu corpo, poema ardente.
Frenética rima de ais,
Aurora, pedindo mais,
Com louco vigor fremente.

Teu rosto, sorriso aberto,
Promessa, sonho, desejo,
Tornando-se a cada beijo
Tão quente, quanto tão certo.

E o dia feito uma hora,
Por entre os ais e os gemidos,
Festim, sem par, dos sentidos.

Mas, quando te vais embora,
Só fica o teu cheiro, intenso,
Enchendo o vazio imenso

(Vitor Cintra)

Nenhum comentário: